Menu

domingo, 25 de dezembro de 2011

INCOERÊNCIAS NAS COMEMORAÇÕES NATALINAS

Incoerências nas Comemorações Natalinas

Pr. Isaías Oliveira Soares

Texto Bíblico: Lucas cap. 2 e Mateus 1.21

E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo:

Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura.

E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo:

Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.

E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
Mateus 1:21



O Natal é uma das festas mais populares que a humanidade conhece. Há quem afirme que ela é a festa mais popular do mundo. Ela ocorre na maioria dos países ditos cristãos. É um tempo de alegria, de celebração, de muito louvor, de muita comemoração, ocasião em que o mundo, por causa do Natal, dar uma volta de trezentos e sessenta graus em todas as direções que para onde você tentar se direcionar haverá uma movimentação ímpar por causa dessa data tão magnífica, o Natal. Um autor desconhecido disse: “O melhor de tudo, Natal quer dizer um espírito de amor, um tempo quando o amor de Deus e o amor dos seres humanos deveriam prevalecer acima de todo o ódio e amargura, um tempo em que nossos pensamentos, ações, e o espírito de nossas vidas manifestam a presença de Deus”. Vânia Maria A. Oliveira (Pedagoga), disse: “Natal, época de aflorar o amor, a solidariedade, enfim, sentimentos nobres que muitas vezes não deixamos transparecer por egoísmo”. Agnes M. Pharo, diz: “Que é o Natal? É a ternura do passado, o valor do presente e a esperança do futuro. É o desejo mais sincero de do que cada xícara se encha com bênçãos ricas e eternas, e de que cada caminho nos leve à paz”. Joan Winmill Brown, quando se referia ao Natal disse: “O Natal! A própria palavra enche nossos corações de alegria. Não importa quanto temamos as pressas, as listas de presentes natalinos e as felicitações que nos fiquem por fazer. Quando chegue no dia de Natal, vem-nos o mesmo calor que sentíamos quando éramos meninos, o mesmo calor que envolve nosso coração e nosso lar”. Se recorrermos aos textos de Mateus 1, Lucas 2 teremos a definição de Natal como sendo: O nascimento de um salvador de quem o mundo desejava e necessitava. O anjo disse a José: Seu nome será Jesus porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. E o coral que sobrevoou o espaço onde estavam os pastores de Lucas cap 1, cantou: “Glória a Deus nas maiores altura paz na terra e boa vontade para com os homens”. O que passa é que a festa do Natal nas últimas décadas, tem se transformado numa festa de incoerências. Vejamos:

1. Na festa do Natal, o anfitrião- Jesus está fora. Esta é a primeira incoerência. O Papai Noel roubou a cena. É a única festa em que o dono da festa, a pessoa que deveria receber as homenagens, está de fora. Muitas vezes nem é lembrada. Lamentavelmente muitos pais desviam o foco da festa insinuando as crianças que a origem dos presentes, dos brinquedos que dão às crianças, foi Papai Noel quem os deu. Milhares de crianças são enganadas e ficam frustradas porque colocam seus sapatinhos atrás da janela, que o bom velhinho vem lhe trazer o brinquedo. Eu me lembro desta cena. Quantas vezes coloquei o meu sapato atrás da janela, outro atrás da porta e quando acordava ia correndo para pegar o meu brinquedo. Nada! Isso só me fazia ficar frustrado como ficam milhares de crianças hoje. O Natal não é a festa do gordinho Noel não. É a festa de aniversário de Jesus. Ele é quem merece a honra, o louvor, a adoração. O Natal é dele, é pra ele!

2. O Natal é a festa da exclusão. Já vimos nas comemorações natalinas, que se exclui o anfitrião. Mas não é só ele que é excluído, não. As crianças pobres, os meninos das cidades pequenas ou da periferia das grandes cidades. Nem são lembradas. Aí vivem em casas que sequer tem saneamento básico. Elas não tem saúde, não tem educação. São excluídas do conforto que a modernidade propiciou para todos. Muitas dessas crianças foram abandonadas pelos pais em creches, casas de parentes, ou aos cuidados de sua mãe. Muitas foram excluídas até de sua moradia e vivem perambulando pelas ruas . Resta um lugar debaixo das marquises ou pontes, se valendo de um pedaço de papelão para se cobrirem. Pesquisa da Comissão Estadual Judiciária de Adoção mostra que de cerca de 80 mil crianças abandonadas no país, 3.700 estão no Rio Janeiro em 234 abrigos sem a visita de parentes. Elas são excluídas nas comemorações do Natal.

3. A festa do Natal deixou de ser a festa do SER para a festa do TER. Nossa sociedade se transformou numa sociedade de consumo. A síndrome do consumismo tomou conta de tudo e de todos. Hoje se é conhecido não pelo SER que é, mas, sim pelo que TEM. Jesus, o anfitrião dessa festa foi um exemplo quando sendo rico se fez pobre. Veja o que diz o texto: “ De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens”. Filipenses 2:5-7. E ainda Paulo escrevendo aos Coríntios disse: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis”. 2 Coríntios 8:9. Seria um Natal feliz se pudéssemos inverter esta dicotomia SER em lugar do TER. O que Deus quis quando enviou Jesus a este mundo foi para que a humanidade pudesse SER SALVA, SER FELIZ, SER ALEGRE, SER AMÁVEL, SER...

4. A Festa do Natal troca o Verdadeiro pelo Supérfluo. O adjetivo Supérfluo o que é demais, demasiado; excedente: ornamentação supérflua.
desnecessário, ocioso, inútil. É ainda aquilo que excede o necessário; coisas desnecessárias. Veja o que disseram dois pensadores sobre o assunto: “A conquista do supérfluo provoca uma excitação espiritual superior à conquista do necessário”. (Gaston Bachelard), a ainda ,“O homem só é feliz pelo supérfluo. No comunismo, só se tem o essencial. Que coisa abominável e ridícula!” (Nelson Rodrigues). No período do Natal há essa inversão de valores, pois deixamos o verdadeiro pelo supérfluo. Veja algumas das preferências do cardápio natalino: Bacalhau Cremoso de Forno, Peru Assado, ou Chester, Pernil, Tender, Panetone, Chocotone, Arroz Branco com Passas, Farofas, Saladas bem variadas, Pratos feitos com Bacalhau, Frutas etc...

5. A Intolerância religiosa na Festa do Natal. Enquanto as multidões de todas as crenças se programam ornamentando suas casas, os governantes ornamentam a cidade, o comércio utilizando uma ornamentação típica, procura dar uma tônica de felicidade, paz, amor e a esperança de um ano novo de grandes conquistas. Lamentavelmente muitos cristãos se voltam contra esta data fazendo variadas alegações. Uns alegam que festejar o Natal cheira a romanismo. Outros dizem que os festejos natalinos são pagãos. Ainda outros passam a data sem fazer nenhuma menção ao nome de quem está sendo homenageado- Jesus. Ainda outros aproveitam o púlpito como uma tribuna de desabafo contra o Papai Noel, os ornamentos, a árvore de Natal, contras as práticas natalinas. Os irmãos vão pro culto esperando receber algo da parte de Deus e o que há verdadeiro na festa do Natal, chegam ao culto e encontram uma tremenda polêmica, e ai, não conseguem discernir entre o que a Bíblia diz e o que o pastor quer transmitir. Não existe incoerência maior do que esta intolerância religiosa, inda mais partindo de cristãos verdadeiros, que ao invés de aproveitar esta data para falar sobre a vinda de Jesus, seu nascimento na manjedoura, sua infância e até onde vai a vontade de Deus quanto à sua vinda ao mundo. Eliminemos o que não faz parte dessas comemorações, mas deixar de comemorar, não. Deixar de comemorar, é também incoerência pois você comemora o seu aniversário e o dos seus, APAGA A VELINHA ambas são práticas de origem pagã. E por que não comemorar o aniversário do SENHOR JESUS? Ele merece. Que Deus tenha misericórdia de nós e possamos deixar de lado os exageros dessa festa, e celebremos o nascimento de Jesus, como o fizeram os anjos: “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens”.

Finalmente:

O Natal foi uma forma que Deus arranjou para abençoar a humanidade. No Natal a humanidade é abençoada com reforma de casas, limpeza de casas, compra de roupas e sapatos novos. Troca de presentes, móveis, carros, motos, biciccletas, além de uma abençoado 13º salário além dos chamados abonos natalinos. Pense nisso ! E Feliz Natal e Próspero Ano Novo! Eu desejo de coração a todos os internautas, que tiverem a chance de ler estas linhas. Pr. Isaías Oliveira Soares. Pr_isaiasoliveira@hotmail.com